terça-feira, 20 de março de 2012

Fraternidade e Saúde melhoram a partir da Família


     É consenso nacional que fraternidade e saúde estão gravemente enfermas. Má gestão de recursos materiais e financeiros, infraestrutura e instalações precárias, saneamento básico, qualificação dos profissionais de saúde, mais particularmente os médicos, governantes, educação, cidadãos, políticas e políticos estão no eixo central da sofrível realidade. Não esperem melhorias por conta das denúncias dos meios de comunicação, muito menos dos inflamados discursos nos palcos e púlpitos.

     Fazendo analogia, só é possível endireitar galhos de árvore se a medida for tomada precocemente. Tentar endireitá-los quando adultos é inútil; eles quebram e secam. Portanto, a gênese da maioria dos problemas aqui referidos é a família.

     A riqueza número um da Pátria brasileira é o cidadão educado que valoriza a vida, a saúde, a ética, o estudo, o trabalho, a fraternidade e a espiritualidade. Acima de tudo, cidadania é luta apaixonada contra a morte evitável, a enfermidade, a maldade, a desonestidade, a corrupção, a mentira. Desordem social e familiar, descumprimento dos deveres e agressão contra a natureza não perdoam; cedo ou tarde cobram preço alto.

     Por conta disso, é fundamental saber defender-se das coisas e situações que comprometem a saúde, a estima e os relacionamentos harmônicos e pacificadores. Droga, bebida em excesso, estresse, obesidade, ódio, raiva, sedentarismo são fatores de risco pessoais, familiares e comunitários.

     Nos últimos 50 anos, a família brasileira vem sofrendo as piores consequências de todos os tempos. Ninguém pode negar que a falta de planejamento familiar é a principal causa. Crianças e jovens perderam 75% do tempo de contato com os pais. Isso é uma catástrofe. Sob todos os critérios, a presença e o afeto são necessários e essenciais.

     Portanto, é missão das autoridades e lideranças, das Igrejas e das escolas reorganizarem e prepararem a nova família, se queremos trabalhar integrada e sistematicamente para reconstruir a verdadeira fraternidade, preservar o meio ambiente e melhorar a qualidade de vida e de saúde das futuras gerações. A cooperação faz a diferença. É principal fonte gratuita, disponível e abundante de energia, por meio da qual crescem e se realizam os seres humanos, pobres e ricos, cultos e iletrados.

     A par do saneamento da família, a saúde pública melhora significativamente, se o cidadão fosse mais responsável e realizasse exames preventivos, praticasse exercícios físicos regularmente, controlasse a gula e a bebida. Álcool, drogas, violência, desestruturação familiar e desamor à vida congestionam consultórios, leitos e UTIs. Está na hora de começar a mudar esse cenário que lesa a todos os brasileiros, indistintamente se bons ou maus.

Pedro Antônio Bernardi

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