quarta-feira, 28 de março de 2012

Brasil vive genocídio moral, familiar e espiritual

         
          Na medida em que o tempo passa, a humanidade é beneficiada com a acelerada evolução das ciências e expansão das tecnologias. O progresso é apaixonante e bem vindo. Porém, caminhando na via paralela, sob todas as formas a família, a moral e a espiritualidade estão cada dia mais descaracterizadas e irreconhecíveis. Os valores permanentes, como amizade, diálogo, ética, cidadania, lealdade, união e fidelidade vão sendo substituídos por bens materiais e situações transitórias. Quase tudo, inclusive a alma e a espiritualidade, virou supérfluo e descartável.
          Nesse mar de inversões, milhares de crianças e jovens, oriundos principalmente de famílias não planejadas e desestruturadas, caminham na direção do roubo, assalto, droga, violência e tantos outros crimes. Precocemente, alguns morrem, porque a droga e o álcool não poupam ninguém; outros são assassinados e um percentual razoável é preso. Em qualquer circunstância, os primeiros e maiores culpados são os pais, vindo a seguir os governantes, instituições educacionais, igrejas, meios de comunicação. Os pais que desejam evitar essa dor, corrijam rapidamente o estilo e a maneira de viver com seus filhos.
          A família que reserva algum tempo para se reunir e se divertir, reza unida e dialoga não precisa temer os riscos e perigos que a moderna sociedade industrializa. A maior parte das pessoas presas herdou erros na família, ou não herdou boa orientação e bons exemplos dos pais.
          Portanto, não há exagero algum dizer que o Brasil vive um genocídio moral, ético, familiar e espiritual. Respeitadas as exceções e os gigantescos esforços de alguns poucos patriotas, as áreas de programação e conteúdo televisivo são puro lixo e veneno às mentes sãs. Incidência diuturna de cenas de sexo, traição e violência interfere na formação da personalidade e do comportamento de crianças e jovens. Uma coisa é liberdade de imprensa e manifestação de opinião, defendidas apaixonadamente; outra coisa é demolição da liberdade, da ética, da moral e de valores em busca desesperada por melhores índices de audiência.
          Rapidamente, outro fosso que a falsa teoria da modernização abriu é o abandono da espiritualidade. Condenam-se as religiões de mercado. As legislações não reconhecem como crime, mas comete pecado quem usa o nome de Deus em vão. Sob esse aspecto, espiritualidade é diferente de religião. Espiritualidade move e promove universalmente amor, fé, esperança, solidariedade, justiça, liberdade, gratidão, reconciliação, desenvolvimento, bem estar.

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Pedro Antônio Bernardi, jornalista e economista, é professor universitário aposentado, consultor de comunicação social, palestrante, autor de livros. (pedro.professor@gmail.com)

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