sábado, 14 de junho de 2014

Vem, Senhor, buscar a tua ovelha!




Vem, Senhor Jesus,
vem buscar o teu servo,
vem procurar a ovelhinha cansada,
vem, pastor […].
Vem sem necessitar de ajuda,
sem se fazer anunciar;
faz muito tempo que espera tua vinda.
Sei que virás, porque “não esqueci tua vontade”.
Vem sem bastão,
mas só com teu amor e o teu espírito de doçura.
Não hesites em deixar sobre os montes as tuas noventa e nove ovelhas,
porque aquelas que estão sobre os montes
não podem ser atacadas pelos lobos ferozes;
no paraíso, a serpente pode machucar somente uma vez […].
Vem até mim,
que sou assediado pelos ataques dos perigosos lobos.
Vem até mim que, expulso do paraíso,
estou ferido de mordidas e venenos da serpente,
e me perdi longe de teu rebanho,
que está lá em cima.
Também me tinhas colocado lá em cima,
mas os lobos da noite me afastaram do redil.
Vem procurar-me,
porque eu te procuro;
encontra-me, toma-me e leva-me […].
Vem, pois, buscar a tua ovelha,
não mandes os teus servos,
não envies teus mercenários;
vem tu mesmo […]!
Toma-me nesta carne que é caída em Adão […].
Leva-me sobre a tua cruz,
que é a salvação dos errantes,
o único repouso dos fatigados,
pela qual todos os que morrem viverão».
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Santo Ambrósio,
sobre o Salmo 118,22.28-30

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