domingo, 11 de dezembro de 2011

Que as luzes do Natal dissipem as trevas que cegam a ética (Pedro Antônio Bernardi)


Três realidades despertam preocupações e precisam ser enfrentadas corajosa e dignamente. Primeira, dos 7 bilhões de seres humanos que habitam a terra, 2,8 bilhões nunca ouviram falar e não sabem quem é Deus. Segunda, estimativas denunciam que, em 2011, foram consumidos mais de 2 trilhões de dólares em guerras, revoluções e conflitos bélicos. Terceira, ética, moral e espiritualidade estão gravemente enfermas.

Por isso, supliquemos Àquele que há de vir e renascer dia 25 de dezembro que ilumine o horizonte da esperança, regenere os degenerados, traga paz, união, perdão, compreensão e alegria para povos e famílias em conflito, dissipe as trevas que asfixiam o amor e causam dor, injustiça e desordem. Em um só tempo, Natal é viver profunda intimidade com o Menino Jesus e soterrar o ódio, o rancor, o egoísmo, a raiva e a indiferença pelo semelhante, principalmente entre familiares, companheiros de trabalho, colegas de escolas, amigos.

Em 2012 e anos subsequentes, não haverá paz, progresso e avanços econômicos, políticos e sociais, se não houver mutirão ético, comportamental e gerencial de autoridades, políticos e lideranças brasileiras e estrangeiras que exercem poder público e empresarial. Ética não é mercado sob o ponto de vista econômico e profissional, mas alicerce que sustenta ordem, progresso e sobrevivência da espécie. Falta de ética é caminho à corrupção, sofrimento, morte e falência múltiplica de direitos e deveres. Em suma, corrupção destroi o Estado, a sociedade e os cidadãos.

Em 2011, o Brasil e alguns países dos cinco Continentes mostraram o quanto a ética está dissociada e divorciada da política, do serviço público, da liberdade, da democracia, do bem e do Evangelho. Gananciosas por poder, fama e riqueza, pessoas e potências econômicas utilizam recursos financeiros e tecnológicos para mutilar e matar. Não há guerra, sem lesões, dor, empobrecimento e derramamento de sangue. Vê-se quão urgente é a necessidade de transformar e resgatar valores positivos.

De igual forma, em plena era da informação e do conhecimento impressiona o contingente de pagãos, total de 40% da população mundial, sem considerar seguidores de religiões de mercado. Diante desse panorama, ninguém pode afirmar que a Igreja é instituição consolidada. Espiritualidade é um dos eixos basilares da ética, da moral e da atuação pessoal, educacional e cívica. Analisando sob esse ângulo, acredita-se que a unificação das religiões e o ecumenismo podem ajudar a reduzir essa vergonhosa estatística, a par de agilizar a globalização, assimilação e vivência do Verbo do próprio Deus.

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