sábado, 14 de junho de 2014

Cada um dá o que tem no coração! Cada um recebe com o coração que tem!




Era uma vez, um Rouxinol que vivia em um jardim. No jardim havia uma casa, cuja janela se abria todas as manhãs. Na janela, um jovem, comia pão, olhando as belezas do jardim. Sempre deixava cair farelos de pão, sobre a janela. O Rouxinol, comia os farelos,acreditando que o jovem os deixava de propósito para ele. Assim criou um grande afeto, pelo jovem que se importava em alimentá-lo, mesmo com migalhas.

O jovem um dia se apaixonou. Ao se declarar a sua amada, ela disse que só aceitaria seu amor, se como prova, ele desse a ela, na manhã seguinte, uma rosa vermelha. O jovem, percorreu todas as floriculturas da cidade, sua busca foi em vão, não encontrou nenhuma rosa vermelha para ofertar a sua amada.

Triste, desolado, o jovem foi falar com o jardineiro da casa onde vivia. O jardineiro explicou a ele, que poderia presenteá-la com Petúnias, Violetas, Cravos, menos Rosas. Elas estavam fora de época, era impossível conseguí-las, naquela estação.

O Rouxinol, que escutara a conversa, ficou penalizado pela desolação do jovem, teria que fazer algo para ajudar seu amigo, a conseguir a flor. Assim, a ave procurou o Deus dos pássaros que assim falou:
- Na verdade, você pode conseguir uma Rosa Vermelha para teu amigo, mas o sacrifício é grande, e pode custar-lhe a vida!
- Não importa respondeu a ave. O que devo fazer?
- Bem, você terá que se emaranhar em uma roseira, e ali cantar a noite toda, sem parar, o esforço é muito grande, seu peito pode não agüentar.
- Assim farei, respondeu a ave, é para a felicidade de um amigo!

Quando escureceu, o Rouxinol, se emaranhou em meio a uma roseira, que ficava frente a janela do jovem. Ali, se pôs a cantar, seu canto mais alegre, precisava caprichar na formação da flor. Um grande espinho, começou a entrar no peito do Rouxinol, quanto mais ele cantava, mais o espinho entrava em seu peito. O rouxinol não parou, continuou seu canto, pela felicidade de um amigo, um canto que simbolizava gratidão, amizade. Um canto de doação, mesmo que fosse da própria vida! Do peito da pobre ave, começou a escorrer sangue, que foi se acumulando sobre o galho da roseira, mas ela não se deteve nem se entristeceu.

Pela manhã, ao abrir a janela, o jovem se deteve diante da mais linda Rosa vermelha, formada pelo sangue da ave, nem questionou o milagre, apenas colheu a Rosa. Ao olhar o corpo inerte da pobre ave, o jovem disse:
- Que ave estúpida! Tendo tantas árvores para cantar, foi se enfiar justamente em meio a roseira que tem espinhos...

CADA UM DÁ O QUE TEM NO CORAÇÃO!
CADA UM RECEBE COM O CORAÇÃO QUE TEM!


terça-feira, 10 de junho de 2014

25/05/2014 - Início do ministério de Vigário do Inspetor Salesiano do sul do Brasil




Eu, P. Gilson Marcos da Silva,
ao assumir o Ofício de VIGÁRIO DO INSPETOR SALESIANO
DA INSPETORIA SÃO PIO X da Sociedade de São Francisco de Sales,
prometo conservar sempre a comunhão com a Igreja Católica,
quer em palavras por mim proferidas, quer em meu procedimento.
Com grande diligência e fidelidade desempenharei os ofícios,
pelos quais estou ligado em função da Igreja, tanto universal, como particular,
na qual, conforme as normas do Direito, sou chamado a exercer meu ofício.
Ao desempenhar meu ofício, que em nome da Igreja me foi conferido,
guardarei integralmente o depósito da fé,
que com fidelidade transmitirei e explicarei;
quaisquer doutrinas, portanto, contrárias a este depósito, serão por mim evitadas.
Hei de seguir e promover a disciplina comum de toda a Igreja,
e acatar a observância de todas as leis eclesiásticas,
sobretudo aquelas que estão contidas no Código de Direito Canônico.
Com cristã obediência seguirei o que declaram os sagrados Pastores,
como autênticos doutores e mestres da fé
ou o que estabelecem como orientadores da Igreja,
e prestarei fielmente auxílio aos Bispos Diocesanos,
a fim de que a ação apostólica,
a ser exercida em nome e por mandato da Igreja,
se realize em comunhão com a mesma Igreja.
Assim Deus me ajude e os Santos Evangelhos, que toco com minhas mãos!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

"Oferecer um sacrifício a Deus" (São Pedro Crisólogo)




«Rogo-vos, pois, irmãos, pela misericórdia de Deus, que ofereçais o vosso corpo como hóstia viva, santa e agradável a Deus» (Rm 12,1). Através deste pedido, o apóstolo Paulo ensina todos os homens a participarem no sacerdócio. […] O homem não procura no exterior o que vai oferecer a Deus, antes traz consigo e em si o que vai sacrificar a Deus para seu próprio bem. […] «Rogo-vos pela misericórdia de Deus.» Irmãos, este sacrifício é à imagem de Cristo, que imolou o seu corpo e ofereceu a sua vida pela vida do mundo. Na verdade, Ele fez do seu corpo um sacrifício vivo, Ele que vive ainda, após ter sido morto. Neste tão grande sacrifício, a morte é aniquilada, é conquistada pelo sacrifício. […] É por isso que os mártires nascem no momento da sua morte e começam a sua vida quando a terminam; vivem quando são mortos e brilham no céu quando, na terra, se pensa que morreram. […]

O profeta cantou: «Não desejais sacrifícios nem oblações – abristes os meus ouvidos – não pedis holocaustos nem vítimas» (Sl 39,7). Sê simultaneamente o sacrifício oferecido e aquele que o oferece a Deus. Não percas aquilo que o poder de Deus te ofereceu. Veste o manto da santidade. Toma o cinto de castidade. Que Cristo seja o véu da tua cabeça; a cruz, a proteção da tua testa que te dá perseverança. Conserva no teu coração o sacramento das Escrituras divinas. Que a tua oração arda sempre como incenso agradável a Deus. Toma «a espada do Espírito» (Ef 6,17); que o teu coração seja o altar onde poderás, sem temor, oferecer toda a tua pessoa e toda a tua vida. […]

Oferece a tua fé para punir a descrença; oferece o teu jejum para pôr fim à voracidade; oferece a tua castidade para que a sensualidade morra; sê fervoroso para que a maleficência acabe; faz obras de misericórdia para pôr fim à avareza; e, para suprimir a futilidade, oferece a tua santidade. Deste modo a tua vida tornar-se-á a tua oferenda, se ela não tiver sido ferida pelo pecado. O teu corpo vive, sim, vive, todas as vezes que, ao fazeres o mal morrer em ti, ofereceres a Deus virtudes vivas.
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São Pedro Crisólogo (406-450)
bispo de Ravena, doutor da Igreja

segunda-feira, 19 de maio de 2014

«O Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, Esse é que vos ensinará tudo»




Os que têm o Espírito por mestre
 Não precisam do conhecimento que vem dos homens
Mas, iluminados pela luz desse Espírito,
Olham o Filho, vêem o Pai,
E adoram a Trindade das Pessoas,
O Deus único, cuja natureza é indizivelmente una. […]

Pára, homem; treme, tu que és de natureza mortal,
E pensa que foste extraído do nada
E que, saindo do ventre de tua mãe,
Viste o mundo que foi feito antes de ti.
E, se pudesses conhecer a altura do céu,
Ou indicar a natureza
Do sol, da lua e das estrelas,
Onde permanecem fixos e como se movem […]
Ou mesmo a natureza da terra donde foste tirado,
Os seus limites e as suas medidas, a sua largura e o seu tamanho […]
Se tivesses descoberto a finalidade de cada coisa
Se tivesses contado a areia do mar
Se pudesses conhecer a tua própria natureza […],
Então poderias idealizar o teu Criador,
A forma como, na Trindade, a unidade permanece sem fusão,
E, na Unidade, a Trindade sem divisão.

Procura o Espírito! […]
Talvez Deus te conforte e te conceda,
Como já te concedeu veres o mundo
E o sol e a luz do dia,
Sim, ele dignar-Se-á iluminar-te do mesmo modo […],
Iluminar-te com a luz do Triplo Sol. […]
Então aprenderás a graça do Espírito
Que, mesmo ausente, está presente pelo seu poder
E que, presente, não vemos por causa da sua natureza divina,
E está em toda a parte e em lugar nenhum.

Se procuras vê-Lo de um modo sensitivo,
Onde O encontrarás? Em nenhum lugar, dirás simplesmente.
Mas se tiveres força para O olhar espiritualmente,
Será Ele a iluminar a tua mente
E a abrir os olhos do teu coração.
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Simeão o Novo Teólogo (c. 949-1022), monge grego