segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Thomas Merton: Homem algum é uma ilha

Um dos principais obstáculos a essa perfeição de caridade generosa
é a ansiedade egoísta de tirar o máximo de cada coisa,
de ter um brilhante êxito aos nossos olhos e aos dos outros.
Só podemos livrar-nos dessa ansiedade
se aceitarmos perder algo em quase tudo o que fizermos.
Não podemos tudo: dominar, provar, compreender...
esgotar totalmente cada experiência.
Mas, se tivermos a coragem de abrir mão de quase tudo,
provavelmente conseguiremos reter o único necessário, seja ele qual for.
Se formos por demais ávidos de ter tudo,
quase com certeza perderemos até a única coisa que necessitamos.

A felicidade consiste em descobrir precisamente
o que pode ser essa ‘única coisa necessária’ em nossas vidas
e renunciar alegremente a todo o resto.
Pois então, por um divino paradoxo, constatamos
que tudo o mais nos é dado junto com a coisa única de que precisamos.

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