terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ser Diferente (Artur da Távola)

iferente não é quem pretenda ser.
Esse é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos
em hora, momento e lugar errados,
para os outros que riem de inveja de não serem assim.
O diferente nunca é um chato.
Mas é sempre confundido por pessoas menos sensíveis e avisadas.
Supondo encontrar um chato onde está um diferente,
talentos são rechaçados;
vitórias, adiadas;
esperanças, mortas.
Um diferente medroso, este sim, acaba transformando-se num chato.
Chato é um diferente que não vingou.
Os diferentes muito inteligentes percebem porque os outros não os entendem.
Diferente que se preza entende o porquê de quem o agride.
O diferente paga sempre o preço de estar - mesmo sem querer -
alterando algo, ameaçando rebanhos, carneiros e pastores.
O diferente suporta e digere
a ira do irremediavelmente igual, a inveja do comum, o ódio do mediano.
O verdadeiro diferente sabe que nunca tem razão, mas que está sempre certo!

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