segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Pescador de Homens


Pacientemente estás aguardando à margem da minha vida, Tu, “pescador divino”...
Não sei quanto tempo já levas: horas, dias, talvez anos!
Viste ilusoriamente como me aproxima da “isca” que me lançavas...
Mas nem assim eu fisgava!
Ias embora, não cansado, porém esperançoso e dizendo: “bem, outro dia será melhor”.
E agora vejo que segues minhas idas e vindas à água da vida, porque me amas;
que não queres Te aproveitar de mim (como fazem os outros),
senão que, pelo contrário, me dás mais água, mais rio, mais lago, mais mar!
“Pescador de homens”, à maneira divina:
obrigado por tuas esperas aborrecidas e monótonas
e perdão pela indiferença em provar o manjar que me davas!
Poderia a mãe se esquecer do filho que gerou,
mas não Tu - do homem que criaste - de mim, Teu filho,
que regeneraste um dia nas águas batismais!

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