domingo, 29 de novembro de 2015

Rorate Caeli desúper et nubes plúant justum (Is 45,8)


Rorate Caeli desúper et nubes plúant justum
(Derramai, ó céus, o vosso orvalho do alto, e as nuvens chovam o Justo)
 
Ne irascáris Dómine, ne ultra memíneris iniquitátis
Ecce cívitas Sancti facta est desérta
Sion desérta facta est, Jerúsalem desoláta est.
Domus sanctificatiónis tuae et gloriae tuae
Ubi laudavérunt Te patres nostri.
(Não vos ireis, Senhor, nem vos lembreis da iniquidade.
Eis que a cidade do Santuário ficou deserta:
Sião tornou-se deserta; Jerusalém está desolada.
A casa da vossa santificação e da vossa glória,
Onde os nossos pais vos louvaram)

 
Rorate Caeli desúper et nubes plúant justum.
(Derramai, ó céus, o vosso orvalho do alto, e as nuvens chovam o Justo)
 
Peccávimus et facti sumus tamquam immúndus nos,
Et cecídimus quasi fólium univérsi
Et iniquitátes nostrae quasi ventus abstulérunt nos
Abscondísti fáciem tuam a nobis
Et allisísti nos in mánu iniquitátis nostrae.
(Pecamos e nos tornamos como os imundos,
E caímos, todos, como folhas.
E as nossas iniquidades, como um vento, nos dispersaram.
Escondestes de nós o vosso rosto
E nos esmagastes pela mão das nossas iniquidades)

 
Rorate Caeli desúper et nubes plúant justum.
(Derramai, ó céus, o vosso orvalho do alto, e as nuvens chovam o Justo)
 
Víde, Dómine, afflictiónem pópuli tui
Et mitte quem missúrus es
Emítte Agnum dominatórem terrae
De pétra desérti ad montem fíliae Sion
Ut áuferat ipse jugum captivitátis nostrae.
(Olhai, ó Senhor, para a aflição do vosso povo,
E enviai Aquele que estais para enviar!
Enviai o Cordeiro dominador da terra
Do deserto de Petra ao monte dos filhos de Sião
Para que Ele retire o jugo do nosso cativeiro)

 
Rorate Caeli desúper et nubes plúant justum.
(Derramai, ó céus, o vosso orvalho do alto, e as nuvens chovam o Justo)
 
Consolámini, consolámini, pópule meus
Cito véniet salus tua
Quare moeróre consúmeris, quia innovávit te dolor?
Salvábo te, noli timére
Ego énim sum Dóminus Deus túus Sánctus Israël, Redémptor túus.
(Consola-te, consola-te, povo meu,
Em breve há de vir a tua salvação!
Por que te consomes na tristeza, se a dor te renovou?
Eu te salvarei, não tenhas medo!
Porque Eu sou o Senhor, teu Deus,
o Santo de Israel, o teu Redentor)

 
Rorate Caeli desúper et nubes plúant justum.
(Derramai, ó céus, o vosso orvalho do alto, e as nuvens chovam o Justo)



sexta-feira, 27 de novembro de 2015

"Fostes Vós que da minha alma expulsastes o vosso inimigo"!


Ia-me afastando mais e mais de Vós, meu Senhor e minha vida, e a minha vida começava a ser uma morte, ou antes, era já uma morte a vossos olhos. E neste estado de morte me conserváveis ainda. [...] A fé tinha desaparecido por completo, mas o respeito e a estima haviam permanecido intactos. Concedíeis-me outras graças, meu Deus, mantínheis em mim o gosto pelo estudo, pelas leituras sérias, pelas coisas belas, a repugnância pelo vício e pela fealdade. Fazia o mal, mas não o aprovava nem o amava. [...] Dáveis-me essa vaga inquietação de uma má consciência que, por adormecida que esteja, nem por isso está morta.

Nunca senti esta tristeza, este mal-estar, esta inquietação, senão nessa altura. Era, pois, um dom vosso, meu Deus; que longe estava eu de suspeitar de que assim fosse! Que bom sois! E, ao mesmo tempo que impedíeis a minha alma, por essa invenção do vosso amor, de se afundar irremediavelmente, preserváveis o meu corpo: pois se tivesse morrido nessa altura, teria ido para o inferno. [...] Os perigos da viagem, tão grandes e tão numerosos, de que me fizestes sair como que por milagre! A saúde inalterável nos lugares mais malsãos, apesar de tão grandes fadigas! Ó meu Deus, como tínheis a vossa mão sobre mim, e quão pouco eu a sentia! Como me protegestes! Como me abrigastes sob as vossas asas, quando eu nem sequer acreditava na vossa existência! E, enquanto assim me protegíeis, e o tempo ia passando, parecia-Vos que tinha chegado o momento de me reconduzir ao cercado.

Desfizestes, apesar de mim, todos os laços maus que me teriam mantido afastado de Vós; desfizestes mesmo todos os laços bons que me teriam impedido de ser, um dia, todo vosso. [...] Foi a vossa mão, e só ela, que fez disto o começo, o meio e o fim. Que bom sois! Era necessário fazê-lo, para preparar a minha alma para a verdade; o demônio é excessivamente senhor de uma alma que não é casta, para nela deixar entrar a verdade; não podíeis entrar, meu Deus, numa alma onde o demônio das paixões imundas reinava como senhor. Queríeis entrar na minha, ó Bom Pastor, e fostes Vós que dela expulsastes o vosso inimigo.


Beato Charles de Foucauld (1858-1916),
eremita e missionário no Saara
Retiro em Nazaré, novembro de 1897

"Falaste-nos no teu único Filho"!


Santo, santo, Tu és verdadeiramente santo, Senhor nosso Deus, e não há limite para a grandeza da tua santidade: Tu dispuseste todas as coisas com correção e justeza. Modelaste o homem com o barro da terra, honraste-o com a imagem do próprio Deus, colocaste-o num paraíso de delícias, prometendo-lhe – se observasse os mandamentos – a imortalidade e o gozo dos bens eternos. Mas ele transgrediu os teus mandamentos, Deus verdadeiro, e, seduzido pela malícia da serpente, vítima do seu próprio pecado, submeteu-se à morte. Pelo teu justo juízo, foi expulso do Paraíso para este mundo, reenviado para a terra de onde havia sido tirado.

Mas Tu dispuseste para ele, no teu Cristo, a salvação pelo novo nascimento, pois não rejeitaste para sempre a criatura que havias criado na tua bondade; velaste por ela de muitas maneiras, na grandeza da tua misericórdia. Enviaste profetas, fizeste milagres pelos santos que, em cada geração, Te foram agradáveis; deste-nos a Lei para nos socorrer; estabeleceste os anjos, para nos guardarem.

E, ao chegar a plenitude dos tempos, falaste-nos no teu único Filho, por Quem criaste o universo; Ele que é o esplendor da tua glória e a imagem da tua natureza; Ele que tudo realiza pelo poder da sua palavra; Ele, que não preservou ciosamente a sua igualdade com Deus mas, desde toda a eternidade, veio à terra, viveu com os homens, tomou carne na Virgem Maria, aceitou a condição de escravo, e assumiu o nosso corpo miserável, para nos tornar conformes ao seu corpo de glória (Heb 1,2-3; Fil 2,6-7; 3,21).

E, como foi pelo homem que o pecado entrou no mundo – e, pelo pecado, a morte –, agradou ao Filho único, a Ele que Se encontrava eternamente no teu seio, ó Pai, mas que nasceu de mulher, condenar o pecado na sua carne, a fim de que aqueles que haviam morrido em Adão tivessem a plenitude da vida em Cristo (Rom 5,12; 8,3). Enquanto viveu neste mundo, Ele deu-nos preceitos de salvação, desviou-nos do erro dos ídolos, levando-nos a conhecer-Te, a Ti, Deus verdadeiro. Desse modo, conquistou-nos para Si como povo escolhido, sacerdócio real, nação santa (1Ped 2,9).

Divina Liturgia de São Basílio (séc. IV)
Oração eucarística, I Parte



Renunciar a todos os bens


Segundo a tradição dos Padres e a autoridade das Sagradas Escrituras, as renúncias são em número de três. […] A primeira diz respeito às coisas materiais: devemos desprezar as riquezas e todos os bens deste mundo. Pela segunda, repudiamos a nossa antiga maneira de viver, os vícios e as paixões da alma e da carne. Pela terceira, distanciamos o nosso espírito de todas as realidades presentes e visíveis, para contemplarmos apenas as realidades futuras e desejarmos apenas as realidades invisíveis. Estas renúncias devem ser observadas em conjunto, como o Senhor ordenou a Abraão quando lhe disse: «Deixa a tua terra, a tua família e a casa de teu pai» (Gn 12,1).

«Deixa a tua terra» – isto é, as riquezas da terra –, disse-lhe em primeiro lugar. Em segundo lugar disse-lhe: «Deixa a tua família», isto é, os hábitos e os vícios passados que, agregando-se a nós desde o dia em que nascemos, estão estreitamente unidos a nós por uma espécie de parentesco. E, em terceiro lugar, «Deixa a casa de teu pai», quer dizer, todas as ligações a este mundo que se apresentam aos nossos olhos. […]

Contemplemos, como diz o Apóstolo Paulo, «não as coisas visíveis, mas as invisíveis, porque as visíveis são passageiras, ao passo que as invisíveis são eternas» (2Cor 4,18) […]; «nós, porém, somos cidadãos do céu» (Fil 3,20). […] Sairemos, pois, da casa do nosso antigo pai, daquele que era nosso pai segundo o homem velho desde o dia em que nascemos, desde que «éramos por natureza filhos da ira, como os demais» (Ef 2,3), e transferiremos toda a nossa atenção, todo o nosso espírito, para as coisas celestes. […] Então, a nossa alma elevar-se-á até ao mundo invisível, pela meditação constante das coisas de Deus e pela contemplação espiritual.

São João Cassiano (360-435)

Sed Nomini Tuo Da Gloriam


Non Nobis Domine
Non Nobis
Sed Nomini Tuo
Da Gloriam

Do que o corpo é capaz - Sócrates

Nenhum cidadão
tem o direito de ser um amador
em matéria de treinamento físico.
Que desgraça
é para o homem envelhecer
sem nunca ver a beleza e a força
do que o seu corpo é capaz!

VENTOS DE MUDANÇA


Quando
os ventos de mudança
sopram,
algumas pessoas
levantam barreiras,
outras constroem
moinhos de vento!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

26-11-15 *** DIA NACIONAL DE AÇÃO DE GRAÇAS


Ó Deus, Pai de todos os dons,
nós vos proclamamos
fonte de tudo o que temos e somos;
ensinai-nos a reconhecer
vossos imensos benefícios
e amar-vos de todo o coração
e com todas as forças.
Por Cristo, nosso Senhor.

Amém.

domingo, 15 de novembro de 2015

Quello che ci manca (Mario Venuti)


La mia giovinezza io l’ho bevuta a grandi sorsi,
e se mi ha dato ebbrezza però
non ha spento la mia sete
Sono ancora capace
di aggiungere senso al passar delle ore
Sono ancora capace
di muovere il cielo e la terra per amore

Tienimi con te
con i miei splendori e con le mie miserie
Insegnami l’alfabeto del tuo corpo,
che lingua parlano le tue mani.

Tutta la nostra vita
è piena di incontri mai avvenuti,
io credo che l’amore
non è quel che abbiamo ma quello che ci manca
Sono ancora capace
di aggiungere senso al passar delle ore
Sono ancora
capace di muovere il cielo e la terra per amore

Tienimi con te
con i miei splendori e con le mie miserie
Insegnami l’alfabeto del tuo corpo,
che lingua parlano le tue mani

Tienimi con te
con i miei splendori e con le mie miserie
Insegnami l’alfabeto del tuo corpo,
che lingua parlano le tue mani

IO CREDO CHE L'AMORE
NON È QUEL CHE ABBIMO MA QUELLO CHE CI MANCA



segunda-feira, 2 de novembro de 2015