Fazei resplandecer, Senhor,
o dia luminoso da vossa ciência e dissipai as trevas noturnas da nossa alma,
para que seja iluminada e Vos sirva renovada e pura. O nascer do sol assinala
aos mortais o começo das suas labutas; adornai, Senhor, a morada da nossa alma,
para que nela permaneça o esplendor daquele dia que não tem fim.
Fazei, Senhor, que cheguemos
a contemplar em nós mesmos a vida da ressurreição, e que nada consiga apartar o
nosso espírito das vossas alegrias. Imprimi, Senhor, em nossos corações o sinal
daquele dia que não se rege pelo movimento do sol, infundindo-nos uma constante
orientação para Vós.
Todos os dias Vos abraçamos
nos sacramentos e Vos recebemos no nossos corpo; tornai-nos dignos de sentir em
nós mesmos a ressurreição que esperamos. Com a graça do batismo conservamos
escondido no nosso corpo o tesouro que nos destes, esse tesouro que aumenta na
mesa dos vossos sacramentos; fazei-nos viver sempre na alegria da vossa graça.
Nós Vos pedimos que, através
daquela beleza espiritual que a vossa vontade imortal faz resplandecer mesmo
nas criaturas mortais, nos leveis a compreender retamente a beleza da nossa
própria dignidade. […]
A vossa ressurreição, ó
Jesus, faça crescer em nós o homem espiritual e os sinais dos vossos
sacramentos no-lo revelem como num espelho, para o conhecermos cada vez melhor.
[…] Concedei, Senhor, que caminhemos velozmente para a nossa pátria celeste e,
como Moisés no alto do monte, a possamos desde já contemplar através da
Revelação.
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Santo
Efrém (c. 306-373)
diácono
da Síria e doutor da Igreja